Ocorrência global do amianto: da antiguidade à industrialização
Presente em todos os continentes, o amianto remonta à Idade da Pedra, usado por civilizações antigas como egípcios e romanos em tecidos e rituais funerários. Sua popularidade cresceu durante a Revolução Industrial, impulsionada por sua resistência ao calor e ao fogo. O rei Carlos Magno até usava uma toalha de mesa feita de amianto para evitar incêndios acidentais em suas festas.
Efeitos adversos conhecidos desde os tempos antigos
O amianto, embora apreciado por suas propriedades únicas, não era desconhecido de seus efeitos nocivos. Gregos e romanos antigos, como Estrabão e Plínio, documentaram doenças pulmonares entre os trabalhadores que manipulavam o material.
Ampliação da demanda na era industrial
Durante a Revolução Industrial, a demanda pelo amianto cresceu exponencialmente. Suas características isolantes o tornaram indispensável em máquinas, turbinas e fornos. No início do século XX, sua produção havia atingido mais de 30.000 toneladas anuais em todo o mundo.
Pico de demanda e reconhecimento dos danos
Após as guerras mundiais, a demanda por amianto atingiu seu auge, especialmente nos EUA, onde era amplamente utilizado na construção civil e na indústria bélica. No entanto, estudos médicos nas décadas de 1930 e 1970 começaram a documentar as ligações entre a exposição ao amianto e doenças graves, como o mesotelioma.
Proibições e regulamentações
No final do século XX, a pressão da opinião pública e dos trabalhadores levou a uma maior consciência dos perigos do amianto. Em 2003, muitos países implementaram regulamentações ambientais mais rígidas e, em 2005, a União Europeia proibiu totalmente o uso de amianto. Apesar disso, ainda é produzido e minerado em algumas regiões, principalmente na Rússia, apesar de seus conhecidos riscos à saúde.