Alexandre, o Grande, figura icônica da história militar, deve sua extraordinária ascensão não apenas à sua liderança carismática e ao exército de ponta que comandava, mas também aos sete leais subordinados que formavam seu círculo interno de confiança, conhecidos como seus philoi (amigos). Estes homens não apenas compartilhavam seu status como somatophylakes, os guarda-costas escolhidos do rei, mas também desempenharam papéis cruciais na continuidade e fragmentação do vasto império de Alexandre após sua morte.
1. Perdicas
Perdicas, originário da nobre tribo Orestiana, foi um dos primeiros companheiros de Alexandre e rapidamente se destacou como um dos generais mais confiáveis. Após a morte de Alexandre, ele tentou consolidar seu poder como regente, mas acabou sendo assassinado por seus próprios generais após uma campanha desastrosa no Egito.
2. Ptolomeu
Outro membro proeminente do círculo interno de Alexandre foi Ptolomeu, que reivindicou o Egito como seu domínio após a morte do rei. Ele fundou a famosa dinastia Ptolemaica e foi um dos últimos generais de Alexandre a falecer, marcando o fim de uma era.
3. Peithon
Conhecido como o “dedo mindinho” devido à sua astúcia e habilidade militar, Peithon desempenhou papéis cruciais durante as Guerras dos Sucessores, alternando entre alianças e traições até seu eventual fim pelas mãos de Antígono.
4. Peucestas
Famoso por seu ato de bravura ao salvar a vida de Alexandre com o escudo sagrado de Atena, Peucestas também se destacou por sua administração competente na Pérsia, embora tenha enfrentado desafios significativos durante as Guerras dos Sucessores.
5. Aristônio
Aristônio inicialmente apoiou Perdicas como o herdeiro de Alexandre, mas suas lealdades mudaram durante as contínuas lutas pelo poder. Ele acabou sendo capturado e executado por Cassander, demonstrando a brutalidade das Guerras dos Sucessores.
6. Leônidas
Leônidas foi outro dos generais que acompanhou Alexandre em suas campanhas e posteriormente se envolveu nas complexas intrigas políticas após a morte do rei. Sua morte precoce durante um confronto com as forças inimigas marcou um ponto de virada nas lutas pelo poder.
7. Lisímaco
Por fim, Lisímaco emergiu como uma figura poderosa no noroeste após a morte de Alexandre, desempenhando um papel crucial na vitória decisiva na Batalha de Ipso. Sua posterior queda na Batalha de Corupedium marcou o fim de seu império e a conclusão tumultuada das Guerras dos Sucessores.
Esses homens não apenas sobreviveram aos desafios da sucessão após a morte de Alexandre, mas também moldaram significativamente o curso da história através de alianças, traições e batalhas épicas, deixando um legado duradouro na Antiguidade.