A cavalaria hoje pode parecer abrir portas ou pagar a conta, mas no período medieval, era muito mais do que isso.
Desenvolvido entre o final do século XI e o início do século XII, o cavalheirismo era um código de conduta informal associado aos cavaleiros. Embora alguns historiadores tenham tentado definir o código de forma rigorosa, na Idade Média era ambíguo e não estava documentado de forma universalmente reconhecida.
Em sua essência, o código idealizava o cavaleiro como um nobre guerreiro não apenas justo em batalha, mas também em suas relações com mulheres e Deus.
Origens e Influências da Cavalaria
A cavalaria teve suas raízes na idealização dos cavaleiros no Sacro Império Romano-Germânico. O termo deriva do francês antigo “chevalerie”, significando “soldado a cavalo”. Foi fortemente influenciado pelas Cruzadas, expedições militares do final do século XI organizadas para combater o Islã.
O código cavalheiresco incorporou valores religiosos como piedade e habilidade militar, além de enfatizar cortesia nas interações sociais e tratamento respeitoso às mulheres.
Realidade versus Ficção
Um aspecto importante do cavalheirismo era o “amor cortês”, inicialmente uma invenção literária que se transformou em prática real. Refletia um ideal de amor nobre entre cavaleiros e mulheres casadas, visto como elevador espiritualmente.
Entretanto, a imagem idealizada da cavalaria não refletia completamente a realidade da época. Como hoje, evocava uma era dourada imaginária, frequentemente idealizada em lendas como as dos contos do Rei Arthur, mais produtos de mito e ficção do que de fatos históricos.