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Desvendando os Segredos dos Longships Viking: Construção e Navegação Além dos Mares

Este artigo oferece uma visão detalhada sobre como os Vikings dominaram a arte da construção naval e navegaram vastas distâncias com seus famosos longships. O Gokstad, um exemplo notável, revela não apenas a engenhosidade técnica dos Vikings, mas também sua habilidade de adaptação ao ambiente marítimo.

Os Vikings, conhecidos por suas proezas marítimas, dependiam dos longships para suas incursões comerciais e militares. Um dos exemplos mais impressionantes é o navio Gokstad, datado do século IX e descoberto em um túmulo na Noruega em 1880. Este longship, agora exposto no Museu do Navio Viking em Oslo, continua a inspirar réplicas navegando pelos mares até hoje.

Dan Snow, em sua visita ao arquipélago de Lofoten em 2016, explorou uma dessas réplicas, revelando os intricados detalhes por trás das capacidades marítimas dos Vikings. Com 23,5 metros de comprimento e 5,5 metros de largura, o Gokstad era versátil, servindo tanto como navio de guerra quanto comercial. Sua capacidade de transportar até 8 toneladas de lastro permitia viagens longas e seguras pelos mares europeus.

Em termos de tripulação, o Gokstad podia ser remado por até 32 homens e também dispunha de uma vela imponente de 120 metros quadrados, proporcionando uma velocidade notável de até 50 nós em condições ideais. Para viagens prolongadas, a gestão eficiente da tripulação era essencial, com revezamento regular de remadores para manter a eficiência e minimizar a fadiga.

As viagens dos Vikings de Lofoten ao Mar Branco, na primavera, são um exemplo vívido de suas habilidades comerciais e navegacionais. Negociando com os Samis locais, os Vikings trocavam produtos como peles de baleia e óleo de foca, essenciais para sua economia e comércio. Após carregar seus longships com bacalhau seco das Ilhas Lofoten, eles navegavam para os mercados principais da Europa, estabelecendo conexões que transcenderam fronteiras geográficas e culturais.

As descobertas arqueológicas no arquipélago de Lofoten evidenciam a extensão das conexões dos Vikings com outras regiões da Europa, incluindo Inglaterra, França e além. As sagas nórdicas mencionam suas viagens épicas, inclusive suas incursões na Inglaterra para auxiliar reis locais em conflitos como a Batalha de Stiklestad.

Além de suas habilidades de navegação, os Vikings dominavam técnicas avançadas de construção naval. Os longships como o Gokstad eram construídos com materiais selecionados como pinho e carvalho para casco e quilha, enquanto as cordas de cânhamo e cavalinho eram fundamentais para a resistência das velas aos ventos oceânicos. A meticulosa construção desses navios não apenas refletia a perícia dos construtores vikings, mas também garantia a durabilidade e eficácia durante as longas viagens marítimas.

Em suma, os Vikings não apenas navegavam os mares, mas moldaram o curso da história europeia com suas habilidades náuticas e capacidades comerciais. Seus longships não eram apenas embarcações, mas símbolos de uma civilização que expandiu fronteiras e estabeleceu um legado duradouro na era medieval.

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