Leitura de História

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A Ascensão e Queda do Coliseu: Um Ícone da Arquitetura Romana
A Ascensão e Queda do Coliseu: Um Ícone da Arquitetura Romana

A Ascensão e Queda do Coliseu: Um Ícone da Arquitetura Romana

Descubra a história fascinante do Coliseu de Roma, desde sua construção pelo imperador Vespasiano até sua deterioração ao longo dos séculos.

Em 70 d.C., o imperador Vespasiano decidiu utilizar o saque do Segundo Templo de Jerusalém para construir um colossal anfiteatro em Roma. Esse anfiteatro, conhecido como Coliseu, tornou-se um ícone da arquitetura romana e um marco da engenharia de sua época.

O nascimento do Coliseu:

O imperador Vespasiano encomendou a construção do Coliseu em 70 d.C. O local escolhido para o monumento foi a área da Domus Aurea, o antigo palácio de prazer do imperador Nero. Essa escolha foi simbólica, representando a intenção de Vespasiano de se distanciar do governo tirânico de Nero e oferecer ao povo um local de entretenimento.

O imperador Vespasiano ordenou que o Coliseu fosse construído no local do palácio de prazer de Nero.
O imperador Vespasiano ordenou que o Coliseu fosse construído no local do palácio de prazer de Nero.

Engenharia e design:

O Coliseu foi uma maravilha da engenharia romana. Sua estrutura consistia em três arcadas sobrepostas, feitas de concreto revestido com tijolos. O design do Coliseu refletia a progressão das ordens na arquitetura romana, com o uso das ordens dórica, jônica e coríntia.

A arena tinha forma elíptica, com 156 metros de largura e 188 metros de comprimento. Podia acomodar até 60.000 espectadores, que acessavam o interior através de 80 portões. Os assentos eram organizados de acordo com a riqueza e classe social, com áreas específicas para diferentes grupos, como cidadãos, nobres, soldados e dignitários estrangeiros.

Para proteger os espectadores do sol, um toldo chamado velarium foi instalado para fornecer sombra. O Coliseu tornou-se o centro de entretenimento de Roma, seguindo o lema “panem et circenses” (pão e circo), oferecendo alimentação e diversão para o povo romano.

Uma seção transversal do design do Coliseu.
Uma seção transversal do design do Coliseu.

Espetáculos sangrentos:

Os jogos realizados no Coliseu eram espetáculos extraordinários, mas muitas vezes horrendos. Os jogos inaugurais, em 80 d.C., duraram 100 dias e incluíram combates de gladiadores, reconstituições de batalhas navais e caças de animais.

Milhares de animais selvagens, incluindo leões, elefantes, tigres e girafas, foram trazidos para o anfiteatro e mortos em frente à multidão. A arena era frequentemente inundada para encenar batalhas navais, nas quais animais como cavalos e touros eram usados para entreter o público.

Os túneis subterrâneos são visíveis hoje
Os túneis subterrâneos são visíveis hoje

O Coliseu ao longo dos séculos:

Apesar de sua grandiosidade, o Coliseu foi gradualmente deteriorando-se após o fim dos jogos de gladiadores. Foi usado como uma pedreira livre por séculos, com muitos de seus materiais sendo utilizados em outras construções ao redor de Roma.

No século XVIII, o Papa Bento XIV interveio para impedir a pilhagem do Coliseu, reconhecendo sua importância histórica e religiosa. Hoje, o Coliseu é uma “nobre ruína”, um símbolo duradouro da grandiosidade e da tragédia da Roma antiga.

Uma luta de gladiadores, como imaginado em 1872.
Uma luta de gladiadores, como imaginado em 1872.

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