A Vênus no Espelho de Diego Velázquez

O quadro conhecido como “A Vênus no Espelho” ou “A Toalete de Vênus”, é uma das pinturas mais famosas da Galeria Nacional de Belas Artes de Londres. Essa obra é de autoria do pintor espanhol de Diego Velázquez.

Apesar de ser uma grande obra de arte, sofreu duras críticas durante o período do século 17 e até se tornou alvo de protestos de sufragistas no século 20.

Então, por que essa imagem causou tanto alvoroço?

Aqui está uma breve história e análise da famosa pintura do século XVII.

Quem pintou A Vênus no Espelho?

O século XVII na Espanha, conhecido como “O Século de Ouro”, foi uma época que, apesar das guerras e da peste, foi uma época de ouro para as artes e a literatura.

Sendo que Diego Velázquez foi o principal artista da corte do rei Filipe IV de Espanha e Portugal.

Velázquez é considerado o maior pintor da Idade de Ouro espanhola da arte e da literatura.

Do mesmo modo que Miguel de Cervantes, inovou escreveu Dom Quixote , Velázquez criou novos estilos através de sua pintura.

Velázquez pintou muitos retratos da família real espanhola, talvez o mais famoso seja “Las Meninas” de 1656.

Deixou o caminho aberto para os novos estilos que surgiriam, o realismo e o impressionismo.

Grandes nomes como Picasso, Dalí e Bacon se inspiraram na obra de Velázquez e até reinterpretam suas pinturas.

É de se admirar que uma pintura como essa tenha sido aprovada, pois a Igreja Católica desaprovava o uso de imagens sensuais.

Nesse tempo, era a Igreja Católica quem dizia o que os artistas podiam retratar, e as imagens de nus eram desencorajadas.

Embora, essas regras não fossem rigorosamente aplicadas ao círculo da nobreza real. Desfrutando esses de certa liberdade, podendo encomendar obras com nus e temas mitológicos.

Acredita-se que Velázquez tenha se inspirado em obras anteriores como: “Vênus Adormecida” de Giorgione (c. 1510) e “Vênus de Urbino” de Ticiano (1538).

O Hermafrodita Borghese também pode ter desempenhado um papel no processo criativo.

Esta era uma cópia de uma escultura helenística sensual , escavada em 1608-1620, da qual Velázquez encomendou um molde de bronze.

Embora Velázquez tenha se inspirado nas representações clássicas de Vênus, também combinou esses temas tradicionais, criando uma obra original.

Ele combinou a imagem de Vênus “no Toilet”, onde ela geralmente está sentada na cama, olhando para um espelho, e outra da “Vênus reclinada”, geralmente em uma paisagem.

A personificação da beleza feminina

A pintura de Velázquez contém apenas duas figuras: Vênus, a deusa do amor, e seu filho, Cupido.

Na cena a Vênus se reclina em sua cama que é coberta com um suntuoso tecido de cetim.

Seu corpo longo e sinuoso é pintado em tons perolados, contrastando com as cores ricas e as pinceladas vivas do tecido.

Vênus olha para seu reflexo no espelho segurado por Cupido.

Fitas cor-de-rosa são amarradas na parte superior e cruzam seu pulso, talvez aludindo aos seus atributos, a venda nos olhos, ou as algemas que ele usava para prender os corações dos amantes.

Partes do corpo de Cupido, especialmente sua perna e rosto distantes, são pintadas de forma desfocada.

Isso força o espectador a se concentrar na imagem do Vênus.

Embora o corpo nu de Vênus esteja em plena exibição, o reflexo de seu rosto no espelho não é claro, fazendo com que a identidade da modelo não fosse revelada.

Dizem que Velázquez originalmente pintou sua cabeça um pouco mais para a esquerda, para que seu nariz ficasse visível, mas depois mudou de ideia.

Coincidentemente, anonimato permitiu que Vênus se tornasse a personificação da beleza feminina.

Por que A Vênus no Espelho foi cortada?

Atualmente essa pintura é conhecida como “Vênus de Rokeby”, porque ficou exposta no Rokeby Parque, no condado de Durham, durante grande parte do século XIX.

Foi levada para a Galeria Nacional de Belas Artes de Londres em 1906, onde continua em exposição até hoje.

Mas no início do século 20, a “Vênus de Rokeby” teve um encontro explosivo com o movimento sufragista.

Mary Richardson era uma sufragista canadense conhecida por suas táticas violentas. Ela era uma notória incendiária que havia sido presa em nove ocorrências.

Em 10 de março de 1914, Richardson entrou na Galeria Nacional e cortou a tela de Velázquez várias vezes com um cutelo.

Tentando justificar suas ações, disse: “Tentei destruir a imagem da mulher mais bonita da história mitológica como um protesto contra o governo por destruir a Sra. Pankhurst, que é a personagem mais bonita da história moderna.”

Richardson recebeu uma sentença de seis meses de prisão. Mais foi libertada semanas depois, graças a uma greve de fome.

O quadro foi recuperado, Helmut Ruhemann, restaurador oficial do museu.

 Mais marcas de faca foram mantidas como registro.

Embora este fosse um protesto em nome dos direitos das mulheres, parecia um ataque à própria mulher.

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